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A China avança sobre o mercado brasileiro e exportações crescem a um ritmo superior ao das importações

15/05/2025

Fonte: https://comexdobrasil.com

Da Redação
Brasília – A exemplo do que aconteceu no mês de março, em abril, a participação das exportações da China para o Brasil superou o percentual das vendas externas brasileiras para o país asiático.  No mês passado, as importações de produtos chineses cresceram 28,1%,  para US$ 24,067 bilhões, equivalentes a 26,9% do total intercambiado pelos dois países, enquanto as exportações brasileiras caíram 12,2% e somaram US$ 28,456 bilhões, correspondentes a 26,5% das trocas comerciais bilaterais.
Apesar desses números que despertam a atenção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), no período janeiro-abril, a corrente de comércio (exportação+importação) cresceu 2,6% para US$ 52,523 bilhões. Mesmo com a queda nas exportações e alta expressiva nas importações, registrou-se uma alta expressiva no superávit em favor do Brasil, que foi de US$ 745 milhões nos três primeiros meses do ano, para US$ 4,390 bilhões com a agregação dos dados de abril.
Os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do MDIC revelam que será necessária a manutenção de saldos positivos na sequência do ano para que o Brasil se aproxime ou venha a superar o saldo positivo registrado em todo o ano de 2024, no montante de US$ 30,736 bilhões.
Com o tarifaço imposto pelos Estados Unidos às exportações chinesas -atenuado na semana passada com uma pausa de 30 dias anunciada pelo governo americano-, a China tem buscado novos mercados para seus produtos e o Brasil é um dos países-alvo da ofensiva implementada por Pequim.
Brasil tem vasto potencial a explorar no mercado chinês
Maior mercado da China na América Latina, o Brasil representa apenas 1,9%, em média, das exportações chinesas. Entretanto, o aumento das vendas para o Brasi já vem crescendo desde o ano passado, quando o Brasil foi o país para o qual a China mais aumentou suas exportações, com uma alta de 22% comparativamente a 2023.
Em termos gerais, quase metade das exportações chinesas têm como destino os países da Associação dos Países do Sudeste Asiático (Asean), contra 21% para a Europa e apenas 14% para os Estados Unidos. Com a visita de quatro dias do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Pequim, encerrada ontem (13) a tendência é de que haja um aumento expressivo nas exportações tanto brasileiras quanto as chinesas.
Segundo especialistas, resta esperar para ver em que medida o Brasil será atingido pelo grande esforço que vem sendo realizado pela China visando reorientar suas exportações para outros países  com o objetivo de reduzir os impactos das medidas restritivas americanas ao comércio com Pequim.
Na percepção de um desses profissionais, um tsunami de US$ 400 bilhões de produtos chineses pode estar em busca de novos mercados, entre eles, o do Brasil, em mais um dos muitos problemas criados pelas tarifas anunciadas por Trump contra o país asiático.
Mudanças na pauta exportadora brasileira
A expectativa no MDIC é de que em breve aconteçam mudanças no comércio sino-brasileiro que resultem em uma maior participação dos produtos manufaturados na pauta exportadora para o gigante asiático.
Por enquanto, três commodities respondem por 75% do total exportado. A soja, mesmo com uma retração de 3,44% no período janeiro-abril, gerou receita no total de US$ 10,8 bilhões (redução de US$ 385 milhões em receita em comparação com o mesmo período de 2024) e respondeu por 38% das vendas totais à China.
Igualmente em queda (de 27% ou US$ 1,94 bilhão), o petróleo viu suas exportações caírem, em valor, para US$ 5,3 bilhões, correspondentes a 19% do total embarcado.  Da mesma forma, os embarques de minério de ferro caíram 22% para US$ 5,2 bilhões, redução de US$ 1,45 bilhão e participação de 18% nas exportações totais para os chineses no período.
Outros destaques na pauta exportadora para a China foram a carne bovina, com alta de 12,7% para US$ 1,88 bilhão e participação de 6,6%. Compondo a relação dos cinco principais produtos embarcados para a China, a celulose gerou US$ 1,69 bilhão em receita (alta de 31,2% equivalentes a US$ 402 milhões), correspondendo a 5,9% das exportações totais para os chineses.
Da Redação

Brasília – A exemplo do que aconteceu no mês de março, em abril, a participação das exportações da China para o Brasil superou o percentual das vendas externas brasileiras para o país asiático. No mês passado, as importações de produtos chineses cresceram 28,1%,  para US$ 24,067 bilhões, equivalentes a 26,9% do total intercambiado pelos dois países, enquanto as exportações brasileiras caíram 12,2% e somaram US$ 28,456 bilhões, correspondentes a 26,5% das trocas comerciais bilaterais.

Apesar desses números que despertam a atenção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), no período janeiro-abril, a corrente de comércio (exportação+importação) cresceu 2,6% para US$ 52,523 bilhões. Mesmo com a queda nas exportações e alta expressiva nas importações, registrou-se uma alta expressiva no superávit em favor do Brasil, que foi de US$ 745 milhões nos três primeiros meses do ano, para US$ 4,390 bilhões com a agregação dos dados de abril.

Os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do MDIC revelam que será necessária a manutenção de saldos positivos na sequência do ano para que o Brasil se aproxime ou venha a superar o saldo positivo registrado em todo o ano de 2024, no montante de US$ 30,736 bilhões.

Com o tarifaço imposto pelos Estados Unidos às exportações chinesas -atenuado na semana passada com uma pausa de 30 dias anunciada pelo governo americano-, a China tem buscado novos mercados para seus produtos e o Brasil é um dos países-alvo da ofensiva implementada por Pequim.

Brasil tem vasto potencial a explorar no mercado chinês

Maior mercado da China na América Latina, o Brasil representa apenas 1,9%, em média, das exportações chinesas. Entretanto, o aumento das vendas para o Brasi já vem crescendo desde o ano passado, quando o Brasil foi o país para o qual a China mais aumentou suas exportações, com uma alta de 22% comparativamente a 2023.

Em termos gerais, quase metade das exportações chinesas têm como destino os países da Associação dos Países do Sudeste Asiático (Asean), contra 21% para a Europa e apenas 14% para os Estados Unidos. Com a visita de quatro dias do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Pequim, encerrada ontem (13) a tendência é de que haja um aumento expressivo nas exportações tanto brasileiras quanto as chinesas.

Segundo especialistas, resta esperar para ver em que medida o Brasil será atingido pelo grande esforço que vem sendo realizado pela China visando reorientar suas exportações para outros países  com o objetivo de reduzir os impactos das medidas restritivas americanas ao comércio com Pequim.

Na percepção de um desses profissionais, um tsunami de US$ 400 bilhões de produtos chineses pode estar em busca de novos mercados, entre eles, o do Brasil, em mais um dos muitos problemas criados pelas tarifas anunciadas por Trump contra o país asiático.

Mudanças na pauta exportadora brasileira

A expectativa no MDIC é de que em breve aconteçam mudanças no comércio sino-brasileiro que resultem em uma maior participação dos produtos manufaturados na pauta exportadora para o gigante asiático.

Por enquanto, três commodities respondem por 75% do total exportado. A soja, mesmo com uma retração de 3,44% no período janeiro-abril, gerou receita no total de US$ 10,8 bilhões (redução de US$ 385 milhões em receita em comparação com o mesmo período de 2024) e respondeu por 38% das vendas totais à China.

Igualmente em queda (de 27% ou US$ 1,94 bilhão), o petróleo viu suas exportações caírem, em valor, para US$ 5,3 bilhões, correspondentes a 19% do total embarcado.  Da mesma forma, os embarques de minério de ferro caíram 22% para US$ 5,2 bilhões, redução de US$ 1,45 bilhão e participação de 18% nas exportações totais para os chineses no período.

Outros destaques na pauta exportadora para a China foram a carne bovina, com alta de 12,7% para US$ 1,88 bilhão e participação de 6,6%. Compondo a relação dos cinco principais produtos embarcados para a China, a celulose gerou US$ 1,69 bilhão em receita (alta de 31,2% equivalentes a US$ 402 milhões), correspondendo a 5,9% das exportações totais para os chineses.

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